O mercado de carros elétricos no Brasil passou por mudanças expressivas entre 2024 e 2025, influenciando diretamente o valor de revenda de diversos modelos. A chegada de novas marcas e a rápida evolução tecnológica têm alterado o cenário para consumidores e revendedores, especialmente no segmento dos veículos movidos a eletricidade. Essa transformação tem provocado discussões sobre o que leva certos automóveis a perderem valor em tão pouco tempo.
Um dos exemplos mais notórios desse fenômeno é o Renault Kwid E-Tech, versão elétrica do compacto urbano. O modelo, que inicialmente atraiu compradores interessados em mobilidade sustentável e baixo custo de operação, viu seu preço de mercado cair de forma significativa. Esse movimento não ocorreu de forma isolada, atingindo também outros carros de diferentes categorias, o que revela uma tendência mais ampla no setor automotivo nacional.
O que está por trás da queda no valor dos carros elétricos?
Vários fatores explicam a desvalorização de veículos elétricos no Brasil. O principal deles é o aumento da concorrência, com a entrada de fabricantes estrangeiros trazendo opções mais modernas e equipadas. Modelos recém-lançados oferecem maior autonomia, sistemas de conectividade avançados e itens de segurança que rapidamente se tornam referência para o consumidor.
Além disso, a redução dos preços dos carros novos acaba impactando diretamente o valor dos usados. Quando uma montadora ajusta o preço de fábrica, os modelos seminovos perdem atratividade, já que a diferença de valor entre um carro novo e um usado diminui. A preferência dos compradores por tecnologia e conforto também faz com que veículos menos atualizados sofram maior desvalorização.
Quais modelos registraram as maiores quedas de valor entre 2024 e 2025?
O fenômeno da desvalorização não ficou restrito a um único segmento. Diversos automóveis, tanto elétricos quanto a combustão, tiveram perdas expressivas em seus valores de mercado. Entre os principais exemplos, destacam-se:
- Renault Kwid E-Tech
- BMW iX1
- Honda ZR-V
- Nissan Sentra
- BMW X4
- Honda Accord
- Chevrolet S10 Cabine Simples
- BYD Seal
- Hyundai HB20S

Esses modelos ilustram como a valorização de um veículo depende de fatores como inovação, reputação da marca e resposta às demandas do público.
Como evitar grandes perdas ao revender um carro elétrico?
Para minimizar o impacto da desvalorização, alguns cuidados podem ser tomados na hora de escolher um automóvel. A pesquisa sobre o histórico de preços e a reputação da marca é fundamental. Além disso, manter o veículo em bom estado de conservação e com as revisões em dia contribui para valorizar o carro no momento da revenda.
- Priorizar modelos com boa aceitação no mercado.
- Ficar atento às atualizações tecnológicas e lançamentos.
- Buscar informações sobre a facilidade de manutenção e disponibilidade de peças.
- Acompanhar tendências de consumo, como a popularização de carros híbridos.
- Consultar especialistas e fontes confiáveis antes de fechar negócio.
O que esperar do futuro dos carros elétricos no Brasil?
O setor automotivo brasileiro tende a seguir em ritmo acelerado de mudanças, com novas tecnologias e modelos sendo lançados frequentemente. A valorização dos veículos deve se manter atrelada à capacidade das montadoras de inovar e atender às expectativas dos consumidores. Quem acompanha as tendências e se informa sobre o comportamento do mercado tem mais chances de fazer escolhas que preservem o valor do investimento ao longo do tempo.
Em um ambiente de transformações constantes, analisar o histórico de desvalorização dos modelos e observar a reputação das marcas são atitudes que ajudam a tomar decisões mais seguras. Assim, é possível enfrentar as oscilações do mercado automotivo com maior tranquilidade e planejamento.