O início de julho de 2025 ficou marcado por uma intensa onda polar que mudou drasticamente o cenário climático do Centro-Sul do Brasil. Regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná enfrentaram temperaturas negativas, com registros de frio intenso em cidades tradicionalmente conhecidas pelo clima gelado. Com o avanço deste fenômeno meteorológico, os termômetros chegaram a marcar valores abaixo de zero, algo incomum mesmo para o inverno brasileiro.
Entre os destaques, municípios como Bom Jardim da Serra e Urupema, em Santa Catarina, despontaram com algumas das menores temperaturas do país, sempre figurando entre as áreas mais frias. Esse resfriamento extremo não só impactou a rotina dos moradores, como também teve reflexos na economia regional, especialmente para agricultores e consumidores de hortaliças.
Quais são os efeitos da onda de frio no Sul do Brasil?
A passagem da onda polar pelo Sul provocou mudanças marcantes na vegetação, na produção agrícola e nos hábitos dos habitantes. O frio intenso comprometeu diversas lavouras, principalmente de verduras, elevando automaticamente o preço destes alimentos em feiras e supermercados. Além disso, o custo da energia elétrica aumentou devido ao uso mais frequente de aquecedores e chuveiros elétricos.
Entre os efeitos mais sentidos, destacam-se:
- Danos a plantações de alface, couve, agrião e outras folhas, vulneráveis a geadas e temperaturas negativas.
- Impacto no abastecimento de alimentos frescos, o que influencia diretamente o bolso do consumidor final.
- Aumento nos casos de doenças respiratórias, especialmente entre crianças e idosos.
Como a queda de temperatura atinge outras regiões do Brasil?
Enquanto o Sul encarava recordes de frio, outras localidades do país, como Belém e Teresina, registravam máximas próximas de 34°C, mostrando o contraste do clima brasileiro. Na maioria das cidades do Norte e Nordeste, as temperaturas permaneceram elevadas, porém o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertou para chuvas intensas em estados como Ceará, Amapá e Amazonas, elementos que também afetam a vida cotidiana.

Nesse cenário de extremos, o país convive simultaneamente com eventos climáticos distintos. A presença desse frio rigoroso no Sul contrasta com a rotina das demais regiões, onde o calor persiste ou a instabilidade do tempo se faz notar por meio de chuvas e sensação de abafamento.
Recordes de frio: quais cidades se destacaram em 2025?
Em 2025, Santa Catarina manteve sua fama de capital brasileira do frio, especialmente devido aos registros de Urupema. Bom Jardim da Serra alcançou -10,4°C, figurando como uma das cidades mais geladas do país. Esses valores se aproximam dos maiores índices negativos já vistos anteriormente, revelando a intensidade da onda polar que atingiu o Centro-Sul.
O Paraná também chamou atenção, com registros de sensação térmica abaixo de -7°C em algumas localidades. Mesmo com todo esse frio, previsões meteorológicas indicam que os próximos dias devem trazer um leve aumento nas temperaturas, afastando a perspectiva de novas ondas de frio em julho.
O que esperar do clima para o restante do mês?
Segundo informações meteorológicas, a tendência é de aquecimento gradual das temperaturas a partir da segunda semana de julho em boa parte do território nacional. A expectativa é de que as máximas atinjam patamares mais confortáveis, principalmente nas capitais do Norte e Nordeste, proporcionando alívio para moradores e produtores agrícolas.
Para se proteger durante essas variações climáticas, especialistas recomendam atenção especial com a hidratação e cuidados com a saúde, especialmente para quem faz parte dos grupos mais vulneráveis. Essas mudanças frequentes exigem adaptação por parte da população, seja para encarar o frio rigoroso ou para lidar com o calor e as chuvas intensas em outras regiões.
- Principais cidades afetadas pelo frio: Bom Jardim da Serra, Urupema, Curitiba.
- Maiores temperaturas registradas: Belém e Teresina, ambas com 34°C em julho de 2025.
- Orientações para o inverno: Redobrar os cuidados com crianças e idosos, reforçar agasalhos e ajustar a alimentação.
O inverno de 2025 ilustra a diversidade climática do Brasil, trazendo desafios para produtores, comerciantes e consumidores, enquanto reforça a importância de acompanhar sempre as previsões meteorológicas para se preparar melhor frente aos extremos do tempo.