Com a chegada de março, o Brasil inicia a transição do verão para o outono, marcando uma mudança significativa nas condições climática e na Onda de calor. Durante este período, observa-se uma redução nos volumes de chuva em grande parte do território nacional, especialmente quando comparado aos meses de dezembro a fevereiro. No entanto, as regiões norte da Região Norte e do Nordeste destacam-se por registrar um dos maiores volumes de chuva do ano.
O equinócio de outono, que marca oficialmente o início da estação, está previsto para ocorrer em 20 de março. Este fenômeno astronômico simboliza o equilíbrio entre o dia e a noite, e no Brasil, o outono se estende até 20 de junho, quando dá lugar ao inverno. Durante este período, as condições atmosféricas começam a mudar, preparando o cenário para a chegada de frentes frias e a redução gradual das temperaturas
Como o bloqueio atmosférico afeta o clima?
O início de março é marcado por um bloqueio atmosférico, resultando na quinta onda de calor do ano. Este fenômeno pode se estender até o dia 10, mantendo as temperaturas elevadas. Após essa data, espera-se que as condições atmosféricas sofram alterações significativas, permitindo o avanço de frentes frias vindas da Argentina em direção ao Brasil.
A quebra do bloqueio atmosférico possibilita a formação de áreas de baixa pressão no interior do país, aumentando a instabilidade atmosférica. Assim, na segunda metade do mês, as chuvas tendem a ocorrer com maior frequência, reduzindo gradativamente as temperaturas e aproximando os índices médios de temperatura da normalidade. Contudo, março ainda deve encerrar com temperaturas acima ou dentro da média em várias regiões brasileiras.
Quais são as expectativas para as regiões do Brasil?
Durante a primeira metade de março, as frentes frias devem permanecer restritas ao extremo sul do Brasil, com possibilidade de atingir apenas a costa do Rio Grande do Sul. A previsão do tempo sugere que, apenas na segunda quinzena do mês, essas frentes frias avancem para a costa da Região Sudeste. O fenômeno La Niña, embora em processo de enfraquecimento, ainda exerce influência sobre o clima, mas sua intensidade está diminuindo.
No Oceano Atlântico Sul, as temperaturas estão acima da média, favorecendo a formação de áreas de baixa pressão que intensificam as chuvas no litoral das regiões Sul e Sudeste. Apesar disso, as instabilidades não devem se propagar para o interior do continente, e o aumento da precipitação em Estados como Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul é esperado apenas para o final da primeira quinzena de março.
Impactos da zona de convergência intertropical (ZCIT)
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mantém-se em sua posição habitual, contribuindo para a intensificação das instabilidades na costa norte do Brasil. Este sistema meteorológico é responsável por chuvas intensas na região, especialmente durante os meses de março e abril, que correspondem ao pico das chuvas. Estados como Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraíba devem registrar volumes de chuva acima da média durante este período.
Na Região Norte, a umidade elevada e o calor continuam impulsionando pancadas de chuva frequentes. A propagação lenta das linhas de instabilidade tropical pode resultar em precipitação intensa em várias áreas, embora não haja previsão de formação de sistemas meteorológicos que provoquem chuvas excessivas de maneira generalizada.
Previsão do tempo para o Brasil
- Região Norte: Chuvas ocasionais e tempestades em Rio Branco e Porto Velho, enquanto Boa Vista terá sol abundante.
- Região Nordeste: Chuvas esparsas em São Luís e Teresina, com João Pessoa predominantemente ensolarado.
- Região Centro-Oeste: Possibilidade de pancadas de chuva em Brasília, enquanto Goiânia terá tempo parcialmente ensolarado.
- Região Sudeste: Belo Horizonte pode ter pancadas de chuva, enquanto Rio de Janeiro e São Paulo estarão ensolarados.
- Região Sul: Curitiba terá tempo ensolarado a parcialmente nublado, com Porto Alegre enfrentando muito calor.
Alertas de chuvas intensas foram emitidos para algumas regiões, especialmente no Norte e no Nordeste. Recomenda-se atenção às orientações das autoridades locais e acompanhamento das atualizações meteorológicas.