Recentemente, o Google entrou no centro das atenções devido a investigações sobre suas práticas comerciais, especialmente em acordos com fabricantes de dispositivos móveis. Em 2025, foi revelado que a empresa paga à Samsung para que o assistente de inteligência artificial Gemini seja pré-instalado nos celulares Galaxy. Este acordo, com duração de dois anos, tem levantado questões sobre sua conformidade com as leis antitruste nos Estados Unidos.
Peter Fitzgerald, um dos executivos do Google, confirmou a existência do acordo, mas não forneceu detalhes sobre os valores envolvidos. Parte da receita de anúncios gerada pelo aplicativo é compartilhada com a Samsung, o que tem gerado preocupações sobre a manutenção de um mercado competitivo.
O processo antitruste contra o Google
O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) iniciou um processo antitruste contra o Google, acusando a empresa de práticas que limitam a concorrência no setor de buscas online. Este caso, que começou em 2020, é um dos mais significativos dos últimos anos e está sendo julgado pelo juiz Amit Mehta. O DOJ argumenta que acordos como o feito com a Samsung podem restringir a inovação e reduzir as opções disponíveis para os consumidores.
Em sua defesa, o Google afirma que o mercado de buscas é altamente competitivo, mencionando o surgimento de novos serviços e concorrentes internacionais. A empresa considera as alegações do DOJ como infundadas e prejudiciais ao progresso tecnológico.
Impactos potenciais para o Google
Se o DOJ conseguir provar suas alegações, o Google poderá enfrentar consequências significativas. Uma das medidas em discussão é a possível venda do navegador Chrome, o que poderia reduzir o domínio da empresa no mercado de buscas. O julgamento ainda está em andamento, e a decisão final do juiz Mehta é aguardada com expectativa.

Além disso, o caso levanta questões sobre a prática de pagamentos para garantir a pré-instalação de aplicativos em dispositivos móveis. Embora comum, essa estratégia pode ser vista como uma forma de limitar a concorrência, o que é uma preocupação central nas leis antitruste.
Consequências para o mercado de tecnologia
O desfecho deste julgamento pode ter implicações significativas para o setor de tecnologia. Caso o Google seja obrigado a alterar suas práticas, outras empresas podem seguir o exemplo, promovendo um ambiente mais competitivo. Isso poderia abrir espaço para novos participantes no mercado de buscas e assistentes virtuais.
O caso também destaca a importância de regulamentações claras que garantam práticas comerciais justas e incentivem a inovação. O julgamento pode estabelecer precedentes importantes para futuros casos antitruste, influenciando o cenário tecnológico nos próximos anos.
O futuro das colaborações entre empresas de tecnologia
Parcerias entre grandes empresas de tecnologia, como Google e Samsung, são comuns e podem ser mutuamente benéficas. No entanto, é crucial que essas colaborações sejam feitas de maneira transparente e em conformidade com as leis antitruste. O resultado deste julgamento pode influenciar como essas parcerias serão estruturadas no futuro, promovendo práticas mais justas e competitivas.
Em última análise, o caso do Google ressalta a necessidade de equilibrar inovação e regulamentação, assegurando que o mercado de tecnologia continue a evoluir sem práticas monopolistas que possam prejudicar consumidores e concorrentes.