Após conquistar um público amplo com o sucesso de “Aquaman“, o diretor James Wan retornou às suas origens no gênero do terror com a obra “Maligno”, atraindo atenção por sua proposta inovadora e cenas marcantes. Conhecido por seu trabalho em “The Conjuring” e “Saw”, Wan decidiu explorar uma faceta ainda mais sombria em sua carreira. Em parceria com sua esposa, Ingrid Bisu, desenvolveu o conceito central do filme, que se baseia em um raro fenômeno médico.
O filme segue Madison, interpretada por Annabelle Wallis, uma mulher assombrada por visões perturbadoras após um incidente traumático. A narrativa se intensifica quando Madison descobre que, na verdade, compartilha seu corpo com Gabriel, um gêmeo parasita. Essa intrigante premissa é baseada em um caso médico real conhecido como teratoma.
O Conceito Médico por Trás de “Maligno”
Gabriel é apresentado como um gêmeo parasita no filme, sendo uma parte do corpo de Madison que não foi completamente removida durante sua infância. O conceito, extraído de anomalias médicas reais, como o teratoma, foi uma ideia proposta por Ingrid Bisu, que pesquisou casos médicos semelhantes para inspirar o enredo do filme. James Wan encontrou essa ideia fascinante e trabalhou para desenvolver uma história que desse vida a esse fenômeno bizarro.
No decorrer da trama, um trauma físico desperta Gabriel, permitindo que ele exerça controle sobre Madison, levando-a a cometer crimes violentos. A combinação de ciência e horror psicológico serve como base para muitos elementos sobrenaturais presentes no filme, criando um ambiente de suspense e tensão.
Como James Wan Utilizou Efeitos Práticos em “Maligno”?
Para garantir um visual realista e imersivo, Wan optou por utilizar uma variedade de efeitos práticos, incluindo sangue, animatrônicos e técnicas tradicionais de cinema. Segundo o diretor, o objetivo era brincar com elementos físicos para aumentar a intensidade das cenas, proporcionando uma experiência visual que misturasse medo e surpresa. Essa abordagem reflete a sua intenção de reincorporar métodos clássicos para criar impacto visual junto ao público, desviando-se dos efeitos gerados por computador frequentemente utilizados nos dias de hoje.
Parceria Criativa e Processo de Escrita
O roteiro de “Maligno” foi co-escrito por James Wan, Ingrid Bisu e Akela Cooper. O processo criativo foi descrito como uma jornada baseada em ideias inovadoras, mas fundamentadas em fatos reais. A colaboração entre os escritores resultou em uma narrativa singular que combina elementos de terror psicológico e suspense. Wan expressou que transformar uma ideia tão única em filme envolveu desafios e muita diversão, destacando o papel crucial das pesquisas feitas por Ingrid na concepção do projeto.
Impacto e Recepção de “Maligno”
A estreia de “Maligno” foi recebida com aclamação crítica, sendo saudado por muitos especialistas do setor como um dos melhores filmes de terror do ano. A revista NME, por exemplo, classificou a obra como “o melhor filme de terror do ano”, destacando o talento inovador de Wan em criar uma narrativa envolvente e aterrorizante. Combinando ciência, suspense e efeitos práticos, James Wan reafirma seu papel como um dos mestres modernos do gênero ‘horror’.