A série cinematográfica sobre o palhaço assassino Art retorna com seu aguardado terceiro capítulo, “Terrifier 3”. Com um orçamento ligeiramente maior, esse filme mantém o estilo notoriamente sangrento que caracteriza a franquia, similar ao que ocorre com a série “Velozes e Furiosos”, em que cada sequência busca superar as anteriores em termos de intensidade. Este filme, até o momento, é considerado o melhor da série.
Desta vez, a história se passa cinco anos após os eventos de “Terrifier 2”. Sienna Shaw e seu irmão Jonathan, personagens que sobreviveram ao terror infligido por Art, ainda lidam com as consequências traumáticas de suas experiências passadas. Enquanto Jonathan se mantém reservado na faculdade, Sienna opta por passar o Natal com seus parentes, sem saber que Art voltou a atacar, agora vestido como Papai Noel e mirando novas vítimas.
O Retorno do Terrível Art, o Palhaço
O ressurgimento de Art no fictício condado de Miles ocorre durante as festividades natalinas, quando ele retoma seu passatempo macabro de massacrar suas vítimas. Além de Victoria Hayes, uma sobrevivente do primeiro filme que sucumbiu à loucura, Art está em busca de uma vingança contra Sienna, preparando o cenário para um confronto inevitável.
O filme se destaca pelo aprimoramento técnico em comparação aos seus antecessores. Com um orçamento de US$ 2 milhões, significativamente mais alto que os US$ 250 mil do filme anterior, “Terrifier 3” conseguiu liderar as bilheterias ao arrecadar US$ 18,3 milhões na estreia, superando até mesmo sucessos como “Coringa: Delírio a dois”.
Questão de Estilo: Como “Terrifier 3” Conquista o Público?
A direção de Damien Leone eleva a experiência cinematográfica, utilizando efeitos práticos para criar cenas de horror convincentes. Exemplos incluem sequências inspiradas por obras clássicas, como “Psicose” e “O Iluminado”. Embora não afugente o público com suavizações excessivas, Leone aborda o terror com um nível de moderação quando se trata de cenas envolvendo crianças.
Apesar dos momentos intensos, o filme introduz um humor inesperado, aliviando o peso das cenas violentas. David Howard Thornton, no papel de Art, proporciona um equilíbrio entre a comédia e o terror, destacando-se pelo uso expressivo da mímica e pela presença ameaçadora do personagem.
Sangue, Humor e Críticas: Uma Experiência Completa?
Embora “Terrifier 3” seja um sucesso em muitos aspectos, ainda carrega algumas falhas de continuidade e construção narrativa. Enquanto Damien Leone propõe expandir a mitologia envolvendo Art, a execução deixa a desejar em profundidade e clareza. Alguns temas contemporâneos, como o fascínio do público por histórias de crimes reais, são abordados de maneira superficial.
Mesmo assim, o filme fica aquém em responder questões cruciais sobre as origens de Art e seu embate com Sienna, enfatizando que a produção se concentra mais no impacto visual do que no desenvolvimento da trama. A película poderia beneficiar-se de uma edição mais concisa, já que seus 125 minutos de duração tornam o ritmo ligeiramente lento.
O Futuro da Franquia Terrifier
Com “Terrifier 3”, a série solidifica sua posição no gênero de terror slasher e promete novas produções com Art, o palhaço. Espera-se que, além dos elementos de horror sangrento, as futuras sequências consigam integrar narrativas mais envolventes que sublimem a simples exibição de violência, oferecendo aos espectadores experiências ainda mais ricas e impactantes.