O Concurso Público Nacional Unificado de 2025 registrou um marco na participação feminina, conforme levantamento do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Com um total de 761.528 inscrições homologadas, as mulheres representam atualmente 60% dos candidatos em todo o país, ocupando papel de destaque na busca por oportunidades no serviço público federal.
O predomínio feminino é evidente na maior parte dos blocos temáticos do concurso. Em cinco dos nove grupos de áreas, as candidatas superam os homens em número de inscrições. Este cenário reflete mudanças na dinâmica dos certames públicos, evidenciando tendências que vão além do aumento quantitativo e mostram avanços relacionados ao acesso de mulheres em diferentes segmentos profissionais.
Em quais blocos as mulheres têm maior presença no Concurso Nacional Unificado?
Analisando os dados do concurso deste ano, verifica-se que os blocos de Seguridade Social, Cultura e Educação, Saúde (nível intermediário), Administração, além de Justiça e Defesa, registraram maioria de inscrições femininas. Nesses grupos, destacam-se percentuais expressivos: no bloco de Seguridade Social, por exemplo, 82% dos inscritos são mulheres, enquanto no segmento de Saúde (nível intermediário) o mesmo índice é observado.
Nos setores voltados às Ciências, Dados e Tecnologia, e em Engenharias e Arquitetura, o cenário se inverte. Nesses blocos, os homens somam a maior parte das inscrições, atingindo 70% e 59% respectivamente. A presença feminina cresce de maneira mais lenta em áreas historicamente dominadas pelo público masculino, apesar do movimento constante de entrada de novas profissionais nessas carreiras.
Como se distribui a participação feminina por estado e região?
A representatividade das mulheres no certame é uma constante nacional. Em cada uma das cinco regiões do Brasil, elas são maioria entre os inscritos. A capital federal destaca-se pelo alto número de presenças femininas: no Distrito Federal, 63% das candidaturas confirmadas pertencem a mulheres. Situação semelhante é observada em todas as unidades federativas, consolidando uma tendência de aumento da participação feminina independentemente da localidade.
- No Sudeste e no Nordeste, centros urbanos concentram um grande contingente de mulheres disputando vagas.
- Estados do Norte, Sul e Centro-Oeste também seguem essa tendência, com percentuais superiores a 50%.
Além da quantidade, chama a atenção a distribuição equilibrada em locais de menor densidade populacional, sinalizando que a busca pelo serviço público se tornou uma alternativa de carreira para mulheres de diferentes contextos geográficos.
Quais são as novidades para a garantia de equidade no CNU em 2025?
Pela primeira vez, o concurso implementa uma ação afirmativa específica para ampliar a presença feminina nas fases classificatórias. O edital estabelece que pelo menos metade das vagas da segunda etapa será composta por candidatas, independentemente da distribuição inicial dos aprovados. Essa medida visa assegurar equidade de gênero e promover igualdade de oportunidades nas seleções públicas federais.
As provas objetivas estão previstas para o início de outubro e as discursivas em dezembro, com aplicação simultânea em 228 cidades brasileiras. Mais de 3.600 vagas são ofertadas em 32 órgãos e entidades federais, abrangendo diferentes especialidades e níveis de escolaridade. Com uma estrutura robusta, o concurso busca não apenas preencher quadros do serviço público, mas também avançar em políticas de inclusão e diversidade.
- Blocos temáticos com maioria feminina: Seguridade Social, Cultura e Educação, Saúde (nível intermediário), Administração, Justiça e Defesa.
- Participação expressiva nas cinco regiões: predominância de mulheres entre os inscritos por unidade federativa.
- Novo critério de equidade: equiparação do percentual feminino na segunda etapa da seleção.
O Concurso Público Nacional Unificado de 2025 sinaliza um cenário favorável à inclusão das mulheres na administração federal. O aumento da participação feminina e a adoção de políticas afirmativas refletem um processo contínuo de democratização do acesso ao serviço público e estimulam transformações duradouras na dinâmica das carreiras estatais. Nos próximos meses, a evolução desse processo poderá ser acompanhada a partir dos resultados das etapas de avaliação e das futuras convocações para os cargos oferecidos.