Nos últimos anos, a dificuldade de adquirir uma moradia tem se tornado um tema recorrente em diversos países ao redor do mundo, com destaque para os Estados Unidos. Um relatório recente destacou quais são as cidades consideradas “impossivelmente inacessíveis” para potenciais compradores de casas. A análise comparou a renda média com os preços médios das residências, ressaltando o impacto da pandemia na busca por casas com espaços ao ar livre e as restrições de políticas de uso do solo como fatores que contribuíram para a elevação dos preços.
Particularmente nos EUA, cidades como San José, Los Angeles, São Francisco, San Diego e Honolulu estão no grupo das mais caras. Essas áreas são afetadas por um mercado de trabalho dinâmico e crescimento populacional, que pressionam os preços imobiliários. Já na Austrália, Sydney, Melbourne e Adelaide enfrentam desafios semelhantes. No entanto, Hong Kong lidera a lista global devido aos seus altos custos habitacionais e baixa taxa de aquisição de moradias.
O que torna uma cidade “impossivelmente inacessível”?
A classificação de inacessibilidade habitacional é medida pela relação entre o preço das casas e a renda familiar média. Diversos aspectos contribuem para essa disparidade, incluindo o aumento da demanda por moradias em locais suburbanos durante a pandemia, resultando em um choque de demanda. Além disso, políticas de contenção urbana, projetadas para controlar a expansão das cidades, também impactam os preços ao limitarem a oferta de novos desenvolvimentos habitacionais.
O relatório destaca que a classe média é particularmente afetada pelo aumento dos custos dos terrenos, problema exacerbado por investidores que entram no mercado em busca de lucro. Esses fatores combinados contribuem para o crescimento contínuo dos preços das propriedades, tornando o mercado imobiliário inacessível para muitos compradores.
Como superar a crise de acessibilidade habitacional?
Uma sugestão para abordar a inacessibilidade habitacional é a liberalização do uso do solo, como exemplificado pela Nova Zelândia. No país, políticas como o “Going for Housing Growth” incentivam a liberação de terrenos para desenvolvimento residencial, visando 30 anos de crescimento habitacional. A proposta é que outros países, como o Canadá, adotem medidas semelhantes para solucionar os problemas de alta demanda e escassez de oferta.
Embora essa solução ainda dependa de mudanças políticas significativas, o relatório sugere que tal abordagem poderia mitigar o impacto dos elevados custos de terra, reduzir o preço das residências e melhorar a acessibilidade.
Quais são as cidades mais acessíveis atualmente?
Para aqueles que estão à procura de áreas mais acessíveis, o relatório identifica cidades que se destacam por preços mais razoáveis em comparação com a média. Nos Estados Unidos, Pittsburgh, Rochester e St. Louis são exemplos de locais onde o mercado imobiliário é mais acessível. No Canadá, Edmonton e Calgary oferecem alternativas viáveis, assim como Blackpool e Glasgow no Reino Unido, e Perth e Brisbane na Austrália.
Essas cidades oferecem uma visão esperançosa para aqueles que buscam acesso à moradia sem enfrentar os desafios dos mercados imobiliários tradicionais nas maiores metrópoles do mundo. Num cenário em que o sonho da casa própria parece cada vez mais distante em certas áreas, estas localidades representam refúgios de acessibilidade habitacional.
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