No mercado automobilístico brasileiro, a escolha por determinados modelos nem sempre reflete o potencial desses veículos, resultando em vendas inferiores às de seus concorrentes. Porém, diversos carros que não possuem um volume expressivo de vendas oferecem propostas válidas e equilibradas, que merecem uma chance de se destacar. Este artigo foca em modelos específicos, subestimados no mercado, e explora suas características e diferenciais.
Peugeot 208: um competidor não reconhecido?
O Peugeot 208, embora seja parte do segmento ainda relevante de hatches compactos, luta para conquistar a atenção merecida no mercado. A história da marca pode ser um dos elementos que contribuíram para esse cenário. Entretanto, atualmente sob a gestão da Stellantis, que também coordena marcas como Fiat e Citroën, a Peugeot traz novidades em suas ofertas. O modelo 2026 do 208 vem com atualizações, incluindo a versão Style, equipada com motor 1.0 aspirado flex Firefly de 75 cv. A versão GT, sendo semi-híbrida, entrega 130 cv de potência. Além do teto panorâmico e de uma central multimídia sofisticada, o 208 se apresenta com preços competitivos, com valores que variam entre R$ 105.990 e R$ 134.990. Esses fatores sugerem que o 208 poderia atrair mais consumidores se outros aspectos, como o suporte pós-venda, fossem igualmente reforçados.
Volkswagen Taos: por que ainda não alcançou o sucesso?
O Volkswagen Taos, posicionado acima do T-Cross, chega ao Brasil com importação restrita a duas versões, o que pode inibir seu crescimento em vendas. Mesmo assim, oferece um motor 1.4 turbo flex com 150 cv e câmbio automático de seis marchas, características que fazem frente ao Jeep Compass em termos de espaço interno e dirigibilidade. Com dimensões avantajadas e itens como direção elétrica e sistema de frenagem autônoma de emergência de série, o Taos tem potencial para cair nas graças do público, especialmente com descontos em modelos do estoque atual. A capacidade de maximizar seu potencial reside nas atualizações estéticas e tecnológicas previstas para breve.
Caoa Chery Tiggo 5X: uma alternativa sustentável?
O Caoa Chery Tiggo 5X ocupa uma posição peculiar no mercado de SUVs. Destaca-se com um visual sofisticado e uma lista substantiva de equipamentos desde a versão Sport, tudo isso impulsionado por um motor 1.5 turbo flex de 150 cv. O modelo se diferencia ainda mais com a versão semi-híbrida, que combina energia elétrica para aumentar a eficiência e reduzir as emissões. Este sistema híbrido resulta em médias de consumo eficientes, seja utilizando etanol ou gasolina, e adiciona valor ao Tiggo 5X ao enfrentar desafios ambientais. No entanto, o preconceito com veículos chineses ainda persiste, obstruindo o reconhecimento que o modelo merece em terras brasileiras.

Ford Territory: pode conquistar o mercado brasileiro?
No segmento de SUVs médios, o Ford Territory tenta se sobressair com sua mais nova versão do motor 1.5 turbo EcoBoost, gerando 169 cv. Suas dimensões avantajadas tornam-no ideal para grandes famílias ou para quem busca conforto em viagens, porém ainda fica aquém do Toyota Corolla Cross em vendas. Com um pacote atraente que inclui teto solar e sistema de câmeras 360 graus, o preço competitivo de R$ 215 mil poderia ser um diferencial para aumentar sua aceitação no mercado, desde que a percepção do público sobre a marca e seu histórico sejam devidamente trabalhados.
Citroën C3: um hatch compacto subestimado?
O Citroën C3, tido como um dos veículos mais acessíveis no Brasil, não reflete em vendas sua proposta atrativa. O design quadrado e a posição de condução elevada são características que o colocam como uma opção viável tanto para uso pessoal quanto profissional. Oferecido em motores 1.0 aspirado flex e 1.0 turbo flex, ambos capazes de prover uma experiência de direção satisfatória, o C3 encontra-se em uma batalha contra estigmas passados da marca. No entanto, com valores que oscilam entre R$ 82.990 e R$ 106.990 e estratégias promocionais de preço, este modelo tem um potencial adormecido que pode ser despertado com campanhas de marketing direcionadas e um fortalecimento do serviço de atendimento ao cliente.
