O conceito de “amaciamento” de motores se remete a tempos passados, mas continua relevante ainda hoje, mesmo com a evolução dos veículos e o advento dos carros elétricos. Tradicionalmente, motoristas eram aconselhados a seguir recomendações específicas durante os primeiros quilômetros de uso de um carro novo, visando aumentar a vida útil do motor e melhorar o desempenho. No entanto, quando se trata de veículos elétricos, a questão do amaciamento pode parecer irrelevante, mas ainda possui certas considerações importantes.
Nos veículos a combustão, o amaciamento serve para acomodar as partes móveis do motor a combustão interna, ajudando a criar um encaixe ideal entre as peças e prolongar sua durabilidade. Para os carros elétricos, embora o motor elétrico em si não necessite desse processo devido à ausência de partes móveis como pistões e cilindros, outras componentes como pneus e pastilhas de freio ainda têm recomendações específicas de amaciamento segundo muitos manuais de proprietários.
Os carros elétricos precisam de amaciamento?
Embora o motor elétrico em si não exija um período de amaciamento rigoroso, recomendações para amaciar outros componentes do veículo são comuns. Por exemplo, a montadora chinesa BYD sugere que os proprietários de seus carros elétricos dirijam inicialmente no modo de condução ‘Eco’ durante os primeiros 2.000 quilômetros. Esse tipo de prática visa garantir uma transição suave para os novos sistemas do carro, além de permitir que os outros componentes mecânicos e eletrônicos se ajustem a cargas variáveis.
Quais são as orientações para amaciar pneus e freios?
Para alguns modelos, como o Renault Kwid E-Tech, o foco do amaciamento está nos pneus e nos freios. O manual do Kwid recomenda um período de utilização mais comedido durante os primeiros 300 quilômetros para os pneus e 200 quilômetros para os freios. O objetivo aqui é permitir que esses componentes, que são vitais para a segurança e desempenho do veículo, atinjam condições ideais para operação plena e segura. A abordagem é semelhante para veículos como o GWM Ora 03 e o Chevrolet Spark EUV, que também seguem diretrizes específicas para amaciar estas partes.

Qual é a quilometragem média recomendada para o amaciamento em carros elétricos?
A média de quilometragem frequentemente mencionada entre diferentes fabricantes para o amaciamento gira em torno de 500 quilômetros. Este número, no entanto, não é uma regra fixa e pode variar dependendo do modelo e fabricante do veículo. Para o motor, ainda que frequentemente a recomendação seja mais para garantir uma condução mais amigável aos novos componentes do veículo, a prática de evitar acelerações súbitas ou condução agressiva durante esse período é incentivada.
Em conclusão, enquanto os motores elétricos não requerem o mesmo tipo de amaciamento que os motores a combustão, os manuais dos veículos normalmente apontam recomendações para garantir a máxima eficiência e longevidade. Manter os pneus e freios em ótimas condições é crucial, o que justifica seguir as orientações específicas de amaciamento nestes componentes. Pequenas práticas iniciais de condução podem fazer a diferença na durabilidade e desempenho global do veículo elétrico.