A segurança dos veículos na Região Metropolitana de São Paulo continua a ser um tópico de preocupação significativa, especialmente no que diz respeito a motocicletas. Apesar de uma leve queda nas estatísticas de roubos e furtos de motocicletas no primeiro semestre de 2025, os números permanecem relevantes e indicam tendências significativas nos padrões desses crimes. Analisando os dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, observa-se que mesmo com a redução para 14.517 ocorrências, a região ainda enfrenta um número substancial de crimes em comparação aos 14.714 casos registrados em 2024.
A análise revela que esses crimes não são distribuídos uniformemente ao longo da semana. A quarta-feira se destacou como o dia com mais incidentes em 2025, representando 17,42% dos registros. Isso contrasta com o ano anterior, quando a quinta-feira era o dia mais crítico. Essa alteração no padrão semanal pode ser um reflexo de mudanças nas rotinas urbanas ou nas práticas dos criminosos. Adicionalmente, as motos com mais de 500 cilindradas têm um domingo de risco, com 23,78% dos crimes ocorrendo nesse dia específico, sugerindo um perfil de furto direcionado a atividades de lazer ou passeios prolongados, comuns durante os dias de descanso.
Quais modelos e características das motocicletas estão no alvo?
Os dados também oferecem insights sobre a preferência dos criminosos por certos modelos em função de suas características. Motocicletas com até dois anos de fabricação são frequentemente alvos entre as de baixa e média cilindrada. Por outro lado, aquelas de maior porte, fabricadas há mais de dez anos, são as mais visadas. Este fenômeno pode ser atribuído à demanda por peças de reposição, além da atratividade de motos mais antigas e potentes para mercados paralelos.

Qual é a situação por municípios na região?
Entre as cidades da região, a capital paulista lidera com um total de 8.455 casos. Outras áreas metropolitanas como Santo André, Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo também registraram números altos, somando entre si mais de 2.500 ocorrências. A concentração de crimes em áreas densamente povoadas destaca a necessidade de estratégias eficazes de segurança e uma coordenação entre as autoridades para reduzir ainda mais esses números.
Como as marcas de motocicletas são afetadas por esses crimes?
No que diz respeito às marcas e modelos mais frequentemente visados, a Honda continua a dominar com múltiplas entradas no ranking dos mais roubados, incluindo a Honda CG 160 no topo das listas. No entanto, a Yamaha também se destaca, especialmente com suas linhas Fazer 250 e XTZ 250. Este equilíbrio ilustra uma competitividade natural entre os modelos populares no mercado. Outro dado interessante é o aumento de ocorrências envolvendo a Royal Enfield Classic 500, creditado à crescente popularidade da marca no país, impulsionada pela abertura de uma nova fábrica. Este cenário indica a correlação entre a popularidade de certos modelos e o aumento dos casos de furto, refletindo um padrão de consumo no mercado negro de motocicletas e suas peças.