Nesta fase de evolução do mercado automotivo brasileiro, o segmento de veículos compactos elétricos ganha relevância com a chegada de um novo representante. O Renault Kwid E-Tech, derivado do hatch vendido na Europa sob o nome Dacia Spring, está prestes a integrar o portfólio nacional. Favorecido pelo conceito de mobilidade urbana eficiente e economia nos custos operacionais, o modelo se posiciona como uma alternativa competitiva para quem busca praticidade no uso diário e vantagens de um carro elétrico acessível.
O Kwid E-Tech será produzido em parceria com a montadora chinesa Dongfeng, em Wuhan, e será disponibilizado no Brasil a partir do segundo semestre de 2025. Essa movimentação representa a investida da Renault para competir diretamente com rivais como o BYD Dolphin Mini, mirando o posto de veículo elétrico mais vendido do país em termos de custo-benefício. Com dimensões enxutas – 3,70 metros de comprimento, 1,58 metro de largura e 1,52 metro de altura – o hatch mantém o peso abaixo da média para automóveis elétricos, facilitando sua condução especialmente em áreas urbanas.
O que muda no novo Renault Kwid E-Tech?
As alterações no visual e na funcionalidade do Kwid E-Tech são notórias em relação ao modelo anterior. Apenas o para-brisa, os vidros laterais e o teto permanecem inalterados em meio à renovação profunda. O sistema de iluminação ganhou mais eficiência, utilizando projetores elipsoidais e lanternas traseiras parcialmente em LED, tornando o conjunto óptico mais moderno e funcional. O interior também recebeu ajustes: painel digital de 7 polegadas, central multimídia de 10,1 polegadas, além de comandos atualizados, similares aos usados no novo Renault Duster europeu.
Entre as novidades tecnológicas, destaca-se a incorporação de novos assistentes de condução. Funções como o assistente de permanência em faixa, um sistema de frenagem emergencial atualizado e detector de fadiga agregam mais segurança à experiência ao dirigir. No entanto, elementos como bancos estreitos, ausência de ventilação traseira e alguns cortes em acabamentos ainda caracterizam o Kwid E-Tech como um carro alinhado ao perfil de custo reduzido.
Quais são os principais atributos do Kwid E-Tech na mobilidade urbana?
O hatch elétrico da Renault oferece praticidade em diferentes aspectos da rotina das cidades. Seu conjunto mecânico conta com um motor dianteiro de 65 cavalos e torque de 11,5 kgfm, acoplado a uma caixa automática de apenas uma marcha, garantindo respostas ágeis para o trânsito urbano. A bateria de 26,8 kWh, localizada sob o banco traseiro, contribui para o equilíbrio do veículo e proporciona autonomia de 225 km no ciclo europeu WLTP. Esse rendimento é complementar ao perfil de uso diário em itinerários curtos.
O tempo de recarga é outro ponto de destaque: em corrente alternada (até 7 kW), a bateria é totalmente carregada em cerca de cinco horas. Para quem utiliza estações de carregamento rápido (corrente contínua a até 30 kW), é possível chegar a 80% da carga em apenas 56 minutos. No ambiente interno, o destaque fica para o espaço do porta-malas, com capacidade de 308 litros – um diferencial no segmento – e a praticidade dos sistemas de mídia compatíveis com Android Auto e Apple CarPlay, ambos sem fio.
Renault Kwid E-Tech: vale como opção para motoristas de aplicativo?
O perfil de baixo custo operacional e autonomia satisfatória posiciona o Kwid E-Tech como uma alternativa atraente especialmente para motoristas de aplicativos ou para frotistas que buscam maximizar a economia em deslocamentos urbanos. A ausência de itens sofisticados impacta no preço de aquisição e na simplicidade da manutenção, cenário que deve agradar quem prioriza viabilidade financeira.
- Autonomia: 225 km (ciclo WLTP)
- Potência: 65 cv
- Consumo energético: média de 8 km/kWh
- Tempo médio de recarga: 5 horas no modo AC, 56 minutos para 80% em DC
- Volume do porta-malas: 308 litros
Apesar das limitações de conforto e alguns pontos de acabamento simples, o Kwid E-Tech cumpre bem a proposta de ser um veículo eficiente para o uso urbano intenso. O modelo também contribui para as metas ambientais previstas em acordos como o Proconve L8, alinhando-se ao crescente movimento de eletrificação no país. Assim, para quem avalia praticidade, economia e preocupação com emissões, este pode ser um dos protagonistas entre os carros elétricos acessíveis do mercado brasileiro em 2025.
