O mercado brasileiro de veículos elétricos e híbridos está passando por mudanças importantes em 2025, especialmente devido ao reajuste nas alíquotas do imposto de importação. Quem acompanha o setor automotivo já percebeu que os preços desses automóveis podem sofrer alterações significativas nos próximos meses. Essa movimentação tem impacto direto não apenas para consumidores, mas também para montadoras e revendedores que atuam no país.
Com a decisão do governo federal de aumentar as taxas de importação, modelos como carros elétricos, híbridos convencionais e híbridos plug-in devem ficar mais caros a partir de julho. O objetivo da medida é estimular a produção nacional e fortalecer a indústria automotiva local, mas, ao mesmo tempo, pode dificultar o acesso do público a tecnologias mais limpas e inovadoras.
Como o novo imposto de importação afeta os carros elétricos e híbridos?
A partir de 1º de julho de 2025, as alíquotas do imposto de importação para veículos eletrificados sofrerão um novo reajuste. Para os carros elétricos (BEV), a taxa passa de 18% para 25%. Os híbridos plug-in (PHEV) terão o imposto elevado de 20% para 28%, enquanto os híbridos convencionais (HEV) vão de 25% para 30%. Esse aumento segue o cronograma estabelecido pelo governo, que prevê uma elevação gradual até atingir a taxa máxima de 35% em 2026.
O impacto dessas mudanças pode ser sentido diretamente no valor final dos veículos importados. No entanto, cada fabricante tem autonomia para decidir se repassa ou não o aumento ao consumidor. Algumas marcas, inclusive, adotaram estratégias para mitigar os efeitos do reajuste, como a importação antecipada de grandes lotes ou a montagem local de veículos em regime CKD (Completely Knocked Down) e SKD (Semi Knocked Down).
Quais estratégias as montadoras estão utilizando para driblar o aumento?
Para evitar o impacto imediato do novo imposto de importação, algumas empresas optaram por trazer grandes volumes de veículos antes da vigência da nova alíquota. Outra alternativa é investir na montagem local, utilizando kits desmontados, o que permite uma tributação diferenciada, geralmente entre 16% e 18%. Esse método também reduz custos logísticos, já que as peças ocupam menos espaço durante o transporte.
- Importação antecipada: Marcas como a BYD trouxeram milhares de unidades para o Brasil antes do reajuste.
- Montagem nacional: A produção local, mesmo que parcial, diminui a dependência de importações e reduz a exposição ao imposto mais alto.
- Estoques estratégicos: Fabricantes mantêm estoques elevados para segurar os preços por mais tempo.

Essas ações mostram como o setor automotivo busca alternativas para continuar competitivo, mesmo diante de um cenário tributário mais rigoroso.
O que muda para o consumidor brasileiro com o novo imposto sobre carros elétricos?
Para quem planeja adquirir um veículo elétrico ou híbrido em 2025, o aumento do imposto de importação pode representar um custo adicional significativo. A decisão de compra pode ser influenciada pelo momento da aquisição, já que modelos importados antes do reajuste tendem a manter preços mais atrativos por um período limitado. Além disso, a expectativa é que a produção nacional ganhe força, trazendo mais opções de modelos montados no Brasil e, possivelmente, valores mais acessíveis no médio prazo.
- Consumidores devem pesquisar sobre estoques disponíveis e condições especiais antes de comprar.
- É importante considerar o custo-benefício entre modelos importados e nacionais.
- Ficar atento às mudanças no mercado pode ajudar a encontrar oportunidades de compra.
Com o cenário de transição tributária, o mercado automotivo brasileiro tende a se adaptar rapidamente, trazendo novas estratégias e alternativas para atender à demanda crescente por veículos mais sustentáveis. A evolução das políticas públicas e a resposta das montadoras serão determinantes para o futuro dos carros elétricos e híbridos no país.