Nos últimos anos, o mercado automotivo brasileiro tem testemunhado uma crescente presença de marcas chinesas, que vêm ganhando espaço significativo nas vendas de veículos. Um exemplo notável é a BYD, que em abril de 2025 superou a Honda em números de emplacamentos, alcançando a 7ª posição no ranking geral com 8.345 veículos vendidos. Em comparação, a Honda comercializou 8.298 unidades no mesmo período.
Apesar do desempenho impressionante da BYD em abril, no acumulado do ano, a Honda ainda mantém uma vantagem considerável. A fabricante japonesa registrou 32.244 unidades vendidas, enquanto a BYD contabilizou 29.723, uma diferença de 2.521 veículos. Esses dados, fornecidos pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), destacam a competitividade crescente entre as duas marcas.
Quais marcas lideram as vendas de carros no Brasil?
Em abril de 2025, a Volkswagen liderou o mercado brasileiro com 26.688 emplacamentos, representando uma participação de 16,4%. A Fiat e a Hyundai completaram o pódio, com 24.550 e 16.254 unidades vendidas, respectivamente. A General Motors e a Toyota também figuraram entre as cinco marcas mais vendidas, com 16.017 e 12.391 veículos comercializados.
Outras marcas que se destacaram incluem a Jeep, com 9.289 unidades, e a Renault, que vendeu 6.772 veículos. A Nissan fechou o top 10 com 5.078 emplacamentos. Esse cenário reflete a diversidade e a competitividade do mercado automotivo brasileiro, onde marcas tradicionais e emergentes disputam a preferência dos consumidores.
O que torna a BYD atraente para os consumidores brasileiros?
A BYD tem se destacado no mercado brasileiro com modelos inovadores e competitivos. O Song Pro, por exemplo, é um dos carros-chefe da marca, disponível a partir de R$ 194.800. Em abril, ele se tornou o híbrido mais vendido do Brasil, com 3.140 licenciamentos, superando o Dolphin Mini, que vendeu 2.175 unidades.

Outro modelo em ascensão é o BYD King, que compete diretamente com o Toyota Corolla. Em abril, o King ocupou a 31ª posição no ranking de vendas, com 1.599 unidades, uma melhora significativa em relação a janeiro, quando estava na 40ª posição. Esses modelos destacam a estratégia da BYD de oferecer veículos que combinam tecnologia avançada e preços competitivos.
Como a produção nacional pode impactar as vendas da BYD?
A BYD enfrenta desafios, como atrasos na operação de sua fábrica no Brasil, mas a produção local promete reduzir custos e tornar seus modelos ainda mais atrativos. A fabricação nacional pode permitir à BYD oferecer preços mais competitivos, aumentando sua participação no mercado e consolidando sua posição entre as principais marcas automotivas do país.
Com a produção local, a BYD pode não apenas reduzir custos, mas também adaptar seus veículos às preferências e necessidades específicas dos consumidores brasileiros, potencializando seu crescimento no mercado.
O futuro das marcas chinesas no Brasil
O sucesso da BYD e de outras marcas chinesas no Brasil reflete uma tendência global de expansão dessas empresas em mercados emergentes. Com investimentos em tecnologia e produção local, essas marcas estão bem posicionadas para continuar ganhando espaço e desafiando as marcas tradicionais. O mercado automotivo brasileiro, portanto, deve se preparar para uma competição ainda mais acirrada nos próximos anos.
À medida que a BYD e outras marcas chinesas expandem suas operações e portfólios, os consumidores brasileiros podem esperar uma maior variedade de opções, especialmente em segmentos como veículos elétricos e híbridos, que estão em crescente demanda.