Nos últimos anos, a BYD tem se destacado como uma das principais fabricantes de veículos elétricos e híbridos plug-in. Em 2025, a empresa chinesa superou a Tesla em vendas de veículos eletrificados, alcançando 4,27 milhões de unidades. No entanto, a ambição da BYD vai além: a marca pretende ultrapassar a Toyota e se tornar a maior fabricante de automóveis do mundo. Para isso, a empresa está investindo em novas tecnologias e expandindo sua produção globalmente.
Stella Li, vice-presidente executiva da BYD e chefe da operação europeia, reafirmou o compromisso da empresa com essa meta ambiciosa. A marca está apostando em modelos acessíveis e tecnologias inovadoras para conquistar o mercado global. A expansão da produção é uma parte crucial dessa estratégia, com novas fábricas sendo construídas na Europa para atender à crescente demanda por veículos elétricos.
Quais são os planos de expansão da BYD na Europa?
A BYD está investindo significativamente na construção de fábricas na Europa. A unidade na Hungria está programada para entrar em operação até o final de 2025, enquanto uma segunda fábrica na Turquia começará a funcionar em 2026. Além disso, a empresa está considerando a abertura de uma terceira fábrica, possivelmente na Alemanha ou na Espanha. Esses investimentos são parte de uma estratégia para aumentar a produção local e reduzir custos de importação.
Os primeiros modelos que serão fabricados na Europa incluem o Atto 3 (Yuan Plus), Dolphin, Atto 2 (Yuan Pro) e Dolphin Surf (Mini). O Dolphin Surf, por exemplo, é a versão europeia do Seagull, um compacto elétrico chinês que oferece mais de 320 km de autonomia. Para o mercado europeu, o modelo terá uma versão com motor mais potente, visando competir com outros elétricos compactos.
Como a BYD está inovando em tecnologia automotiva?
A BYD está na vanguarda da inovação tecnológica no setor automotivo. A empresa anunciou recentemente que toda a sua linha de veículos agora conta com o sistema de direção autônoma God’s Eye, disponível em três níveis. O nível mais básico, presente no Dolphin Mini, permite condução semiautônoma de nível 2, incluindo assistência em rodovias e aprendizado de rotas frequentes.
Além disso, a BYD apresentou a plataforma Super-e, que permitirá carregamento ultrarrápido de até 1 megawatt. Essa tecnologia pode adicionar aproximadamente 400 km de autonomia em apenas cinco minutos de recarga. No entanto, a infraestrutura de carregadores compatíveis ainda é um desafio fora da China, onde a empresa está financiando uma rede de 4.000 estações de recarga.

Qual é a estratégia da BYD para se consolidar no mercado global?
A BYD não se vê apenas como uma fabricante de automóveis, mas como uma empresa de tecnologia. A companhia produz internamente 70% dos seus componentes e possui mais de 120 mil engenheiros dedicados à pesquisa e desenvolvimento. Esse controle sobre a produção permite maior flexibilidade na inovação e redução de custos.
Com uma linha crescente de veículos elétricos e híbridos plug-in, a BYD busca expandir sua participação de mercado em diferentes regiões. A empresa mantém uma divisão equilibrada entre elétricos e híbridos na Europa e aposta na produção local para reduzir custos e evitar tarifas de importação. Com investimentos em fábricas, novos lançamentos e tecnologia de recarga ultrarrápida, a BYD está bem posicionada para rivalizar com as gigantes do setor automotivo.