A carboxiterapia tem ganhado notoriedade no mundo dos tratamentos estéticos, sendo frequentemente mencionada por influenciadores e profissionais da área. Este procedimento utiliza o dióxido de carbono (CO2) para tratar uma variedade de condições estéticas, como gordura localizada, celulite, estrias e até mesmo cicatrizes de acne. A técnica, embora popular, é cercada por debates sobre sua eficácia e segurança.
O tratamento envolve a aplicação de CO2 sob a pele, promovendo efeitos como vasodilatação, aumento da oxigenação e estímulo da produção de colágeno e elastina. Esses efeitos contribuem para a melhoria da aparência da pele, tornando-a mais firme e uniforme. No entanto, é importante que os interessados compreendam tanto os benefícios quanto os riscos associados a este procedimento.
Como funciona a carboxiterapia?
A carboxiterapia é realizada utilizando três componentes principais: um cilindro de alta pressão contendo CO2, um equipamento regulador de fluxo e materiais descartáveis, como agulhas e filtros microbiológicos. O gás é injetado na camada subcutânea da pele, onde exerce suas funções terapêuticas. O procedimento é relativamente rápido, mas pode causar desconforto, como relatado por alguns pacientes.
O CO2 introduzido nos tecidos provoca uma série de reações, incluindo a dilatação dos vasos sanguíneos, o que melhora a circulação local e a oxigenação dos tecidos. Além disso, o gás estimula os fibroblastos, células responsáveis pela produção de colágeno e elastina, essenciais para a saúde e elasticidade da pele. A lipólise, ou quebra de gordura, também é um efeito desejado, especialmente em áreas com acúmulo de gordura localizada.
Quais são as precauções e contraindicações?
Embora a carboxiterapia seja aprovada no Brasil, ela é considerada um procedimento de risco por entidades como o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) e o Conselho Federal de Medicina (CFM). Ambos destacam a necessidade de equipamentos regulamentados pela Anvisa e a presença de profissionais qualificados durante todo o processo.
Existem contraindicações específicas para a carboxiterapia. Pessoas com processos inflamatórios ou infecciosos na área de aplicação, grávidas, lactantes, indivíduos com doenças do colágeno, como lúpus e artrite reumatoide, e aqueles com distúrbios de coagulação ou em uso de anticoagulantes devem evitar o procedimento. Além disso, é crucial que o paciente seja informado sobre os riscos e efeitos colaterais, que podem incluir eritema, edema, sensação de queimação, hematomas e dor.

Carboxiterapia é realmente eficaz?
A eficácia da carboxiterapia ainda é um tema de debate. O CFM classifica o procedimento como um “ato médico experimental“, sem reconhecimento científico robusto. Isso significa que, embora muitos pacientes relatem melhorias, a técnica não deve ser promovida como um tratamento estético com eficácia garantida.
Para aqueles que consideram a carboxiterapia, é essencial consultar profissionais qualificados e discutir todas as opções e expectativas. O procedimento deve ser realizado em um ambiente seguro e higiênico, seguindo todas as normas de biossegurança para minimizar riscos. A decisão de realizar a carboxiterapia deve ser informada e ponderada, considerando todos os aspectos envolvidos.