O recente lançamento da nova Honda CB 750 Hornet 2026 trouxe à tona diversas discussões no segmento de motos. Este modelo, que teve um começo inusitado no Brasil, chamou a atenção por sua apresentação diferenciada, onde jornalistas tiveram o primeiro contato com a moto antes de conhecerem seus detalhes técnicos. Este cenário permitiu uma avaliação mais espontânea da experiência de pilotagem, algo atípico nas abordagens da Honda. O contexto brasileiro, com suas regulamentações específicas, influenciou significativamente o desempenho deste modelo comparado ao disponível na Europa.
No mercado europeu, a Hornet 750 é reconhecida por seus 91 cv de potência, um número impressionante para sua classe. Contudo, a versão vendida no Brasil apresenta uma redução notável, com apenas 69,3 cv a 7.000 rpm. Esta diferença se deve principalmente às restritas normas de emissões e ruídos vigentes no país, que diferem do método europeu de medição. Na Europa, a aferição ocorre em ambientes externos, com a moto em movimento. No Brasil, a medição é estática e ocorre em ambientes fechados, fator que contribui para essa desvantagem significativa em termos de potência.
Como a Honda adapta sua tecnologia às condições brasileiras?
Para se adequar às legislações locais, a Honda teve que adotar um mapeamento de motor possivelmente mais conservador para a Hornet 750 no Brasil. Este ajuste visa reduzir a emissão de ruídos, mas infelizmente reduz também a potência. Um dos destaques do motor é o propulsor bicilíndrico de 755 cm³, que utiliza um sistema de comando único no cabeçote e um complexo sistema de admissão. Tal design não é um produto de economia, mas sim uma solução técnica para aumentar a eficiência da combustão. O câmbio mecânico de seis marchas inclui embreagem assistida e deslizante, melhorada para otimizar o acoplamento dos discos e reduzir o aquecimento operacional.
Quais são as principais características técnicas da nova Hornet 750?
A CB 750 Hornet 2026 é construída em um chassi do tipo Diamond Frame, com suspensões que utilizam garfo telescópico na dianteira e sistema Pro-Link na traseira, ambos com curso de 130 mm. Os freios são a disco, com diâmetros de 296 mm na frente e 240 mm atrás. As medidas da moto são bastante compactas, com 2.093 mm de comprimento, e destaca-se pela leveza, com um peso seco de 180 kg. Características como iluminação completa em LED, controle de tração e um painel digital TFT de 5″ a tornam tecnologicamente avançada. Mesmo com um design que prioriza o desempenho e a praticidade, a conectividade via Bluetooth não está disponível, o que pode ser visto como uma limitação para os mais ávidos por tecnologia.

Por que a percepção de potência na Hornet brasileira é diferente?
Durante os testes, a diferença de potência em relação ao modelo europeu não foi imediatamente perceptível. Apesar da redução para 69 cv, o torque tangível de 7,04 kgfm, disponível também a 7.000 rpm, é o que realmente faz a diferença. Este fator proporciona à motocicleta um desempenho adequado nas pistas, não evidenciando tanto a perda de potência. A moto manteve um perfil ágil, favorecido também por suas dimensões e design leve, o que garante uma experiência dinâmica e divertida ao piloto, especialmente nos circuitos.
Como a Honda CB 750 Hornet 2026 se posiciona no mercado?
A Honda lançou a Hornet 750 no mercado com o intuito de atrair consumidores jovens que buscam subir no segmento das esportivas. Com um preço inicial de R$ 53.694, o acréscimo de até 12% pelos custos de frete reflete o impacto econômico das adaptações necessárias para o mercado brasileiro. A escolha de cores, limitada a duas opções, e o foco em características práticas demonstram uma abordagem que prioriza o uso cotidiano. No entanto, a expectativa é que este modelo continue a conquistar espaço por oferecer um equilíbrio entre performance e praticidade, preparado para atender tanto às demandas dos entusiastas quanto as nuances do mercado local.
